A chegada de um bebê traz muitas expectativas e desafios para a mãe e toda a família. Uma das grandes dificuldades desse período é a amamentação. A mulher é orientada e faz planejamentos para o momento do parto, mas muitas vezes não é preparada e informada sobre como lidar com a primeira alimentação de seu filho.
O aleitamento materno é fundamental para a saúde do bebê. Especialistas afirmam que o leite da mãe é a primeira vacina que o bebê recebe. O colostro, líquido amarelado que surge após o parto, cumpre o papel de proteger a criança contra doenças e infecções, por todos os anticorpos, glóbulos brancos, proteínas, vitaminas e minerais que possui.
“Dar de mamar é importante tanto para a saúde da mãe quanto da criança. O leite materno é rico em anticorpos que garantem proteção ao bebê até a sua vida adulta”, afirma a pediatra Sandi Yurika Callejon de Faria Sato.
Ela ressalta os benefícios que o ato traz também para a mãe. “A amamentação ajuda diminuindo o risco de sangramento pós-parto, retorno do peso ao que era antes da gestação e também na prevenção de câncer de mama e de colo de útero.”
A preparação da mãe é uma etapa importante neste processo. Para que seja um processo tranquilo, ela deve receber orientação médica sobre como realizar o aleitamento e ter o apoio da família e amigos para a realização desse ato de amor.
A médica afirma que a amamentação não deve trazer desconforto para a mãe. A dor durante o aleitamento é sinal de alerta, diz Sandi. “O desconforto ou mama com fissura ocorre quando a criança pega o peito de forma errada. Com pega e posicionamento adequado do bebê ao seio, mãe com boa postura e relaxada, não haverá dor. Sempre é importante uma avaliação especializada em caso de dor.”
A amamentação também ajuda a reforçar o vínculo entre mãe e filho e auxilia na adaptação do bebê à vida fora do útero. “Mulheres que amamentam têm menos risco à depressão pós-parto”. Sandi indica que a mãe tenha uma alimentação balanceada para garantir a sua saúde e assim a produção de leite.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que o aleitamento materno exclusivo nos 6 primeiros meses de vida, sem fórmulas ou outros alimentos, pode reduzir em 25% o risco de obesidade ainda na infância. "Crianças amamentadas exclusivamente no seio materno por esse período e continuado até os 2 anos, com alimentação saudável da mãe, diminuem o risco de obesidade", afirma a pediatra.
Incentivo para alimentar a vida
A “Semana Mundial da Amamentação" foi instituída em 1992 e hoje é celebrada em mais de 120 países no início de agosto. A OMS e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) definiram o período com base na “Declaração de Innocenti”, assinada em 1º de agosto de 1990.
A declaração é um documento aprovado pela 45° Assembleia da Saúde e pelo Conselho Executivo da Unicef que apoia o aleitamento materno como direito da criança a fim de assegurar que ela tenha uma nutrição adequada. O texto fala da “proteção, promoção e apoio ao aleitamento materno”.
No Brasil, o Ministério da Saúde é o responsável por elaborar as campanhas e fazer a distribuição de material no país. Neste ano, o tema escolhido foi “Amamentação. Incentive a família, alimente a vida”, que reforça o lema anual da Semana na “World Alliance for Breastfeeding Action (WABA)”: “Capacite os pais, permita a amamentação, agora e no futuro!”.
O período tem como objetivo informar e conscientizar mães sobre a importância do aleitamento materno. Neste ano, o destaque é para a importância do amparo de toda a rede de apoio (família, amigos, profissionais de saúde, empresários) aos pais, em especial às mulheres que já estão amamentando.
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